quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Suicídio: factos e temores

 

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A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituíram o dia 10 de setembro como Dia  Mundial da Prevenção do Suicídio com o propósito de lembrar que falar sobre este tema salva vidas. Não é um mero marco no calendário, é um convite à reflexão coletiva: quebrar o silêncio, reduzir o estigma e olhar para a saúde mental com a mesma urgência e cuidado com que se olha para a saúde física.

E quando olhamos para os números, percebemos a urgência desta conversa: entre os jovens dos 15 aos 29 anos, o suicídio surge como segunda causa de morte, logo atrás dos acidentes de trânsito — um sinal claro de que cuidar da saúde mental é uma prioridade que não pode esperar.

Estima-se que a taxa de incidência é de cerca de 9,1 por 100.000 habitantes, com os homens a apresentarem uma taxa mais de duas vezes superior à das mulheres.

Este é um tipo de morte que pode ser evitável e todos podemos contribuir ativamente para ajudar alguém em risco. Trata-se de um problema com impacto nas famílias, nas comunidades e na sociedade.

Os pensamentos sobre o suicídio podem afetar qualquer pessoa, de todas as idades e em qualquer momento. Para quem tem ideias de suicídio é provável que exista uma sensação de desesperança e inutilidade há algum tempo. É possível não conseguir identificar o que provocou estas ideias, e isso não tem mal nenhum. Habitualmente é uma combinação de fatores e pode não haver uma causa evidente.

Para uma pessoa com pensamentos suicidas é natural que sinta que não há nada a fazer. Não é verdade. Há a quem pedir ajuda. A Psicologia pode ajudar. Há esperança!

Em Portugal está a funcionar desde hoje uma linha dedicada a esta temática, o número é o 1411 e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Falar pode salvar vidas. O silêncio pesa, mas partilhar torna o fardo mais leve.

Conduzir exige prudência. Falar sobre aquilo que sentimos requer coragem — e é essa coragem que tantas vezes falta. Se usamos cinto de segurança para proteger o corpo, porque não haveríamos de procurar ajuda para proteger a mente? Procurar ajuda jamais é um sinal de fraqueza.

Falar sobre saúde mental é falar sobre vida. Se conhece alguém em sofrimento, ofereça presença e escuta; se é consigo, permita-se pedir ajuda. Procurar apoio não é sinal de fraqueza — é sinal de coragem. Há alternativa e há quem esteja disposto a escutar.

 

Se tem pensamentos de suicídio ou pretende ajudar alguém pode contactar:

a Linha SNS 24 – 808242424 | Linha de Prevenção do Suicídio 1411

Em caso de emergência, risco de vida, ligue imediatamente para o 112 do INEM

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