Durante muitos séculos a noção de psicológico era vaga e estava intimamente ligada a noções mágico-religiosas; a doença mental era associada a divindades e espíritos, por isso qualquer ideia ainda que longínqua ou ambígua de tratamento dirigia-se especificamente a quem sofria de doença. Houve uma evolução para uma perspectiva de saúde em que o que se torna relevante e central como objeto de intervenção é a busca ativa de estados de maior equilíbrio e bem-estar.
Considera-se pois, a partir de uma certa
altura, que a intervenção psicológica deixou de ser apenas um tratamento das
perturbações mentais e passou a ser vista como métodos (no plural, sim porque há
vários) de trabalho sobre si mesmo, como desenvolvimento pessoal, como uma
forma de lidar com as situações difíceis da vida, como uma metodologia para
garantir uma melhor qualidade de vida, um maior bem-estar, quando não mesmo um
dos caminhos possíveis, e eventualmente mais acessíveis, para uma desejada
felicidade.
Este processo funciona porque existe uma relação de confiança, apesar de assimétrica assente no facto do psicólogo não fazer parte do quadro relacional habitual; centrada no paciente e com um racional teórico sobre si mesmo e sobre o mundo que tende necessariamente a melhorar a congruência, a autoestima e a relação com os outros.
A intervenção
psicológica está fundamentada na ciência, engloba diversas abordagens adaptadas
às necessidades individuais recorrendo a pesquisas e evidências rigorosas. É mais do que simples tratamento, é um farol para aqueles que navegam no
labirinto da mente e do comportamento humano.
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