terça-feira, 30 de abril de 2024

Psicologia: um Farol

Durante muitos séculos a noção de psicológico era vaga e estava intimamente ligada a noções mágico-religiosas; a doença mental era associada a divindades e espíritos, por isso qualquer ideia ainda que longínqua ou ambígua de tratamento dirigia-se especificamente a quem sofria de doença. Houve uma evolução para uma perspectiva de saúde em que o que se torna relevante e central como objeto de intervenção é a busca ativa de estados de maior equilíbrio e bem-estar.

Considera-se pois, a partir de uma certa altura, que a intervenção psicológica deixou de ser apenas um tratamento das perturbações mentais e passou a ser vista como métodos (no plural, sim porque há vários) de trabalho sobre si mesmo, como desenvolvimento pessoal, como uma forma de lidar com as situações difíceis da vida, como uma metodologia para garantir uma melhor qualidade de vida, um maior bem-estar, quando não mesmo um dos caminhos possíveis, e eventualmente mais acessíveis, para uma desejada felicidade.

Este processo funciona porque existe uma relação de confiança, apesar de assimétrica assente no facto do psicólogo não fazer parte do quadro relacional habitual; centrada no paciente e com um racional teórico sobre si mesmo e sobre o mundo que tende necessariamente a melhorar a congruência, a autoestima e a relação com os outros.

A intervenção psicológica está fundamentada na ciência, engloba diversas abordagens adaptadas às necessidades individuais recorrendo a pesquisas e evidências rigorosas. É mais do que simples tratamento, é um farol para aqueles que navegam no labirinto da mente e do comportamento humano.

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