Vou. Não vou. Preciso. Não preciso. Vou. Não vou.
Muitas são as razões para iniciar o acompanhamento psicológico. Cada um tem as suas. Todas diferentes, todas importantes, todas válidas.
Vou. Não vou. Preciso. Não preciso. Vou. Não vou.
A dúvida instala-se e alimenta-se da vergonha de parecer fraco, do rótulo de se ser maluco quando afinal até nem se está assim tão mal da cabeça. Nela (na cabeça) ecoa: "eu consigo"; "eu sou forte"; "psicólogos são para malucos ou então para os fracos que não conseguem tomar conta de si".
Vou. Não vou. Preciso. Não Preciso. Vou. Não vou.
Quando se tem uma dor de dentes, ninguém pensa: "eu consigo resolver, não preciso do dentista". Quando se começa a ver mal, ninguém pensa: "eu consigo resolver, não preciso do oftalmologista". Quando se tem um problema em tribunal, ninguém pensa: "eu consigo resolver, não preciso do advogado". Então, porque é que sobre o mal estar psicológico haveremos de achar que temos obrigação de tratar do assunto sem um profissional?
Vou. Não vou. Preciso. Não preciso. Vou. Não vou.
Derrubado o muro, abre-se todo um mundo de novas oportunidades. Escolhido o Psicólogo, começa a viagem!
Durante o processo terapêutico a transformação é lenta e subtil. De dentro para fora. E é mesmo assim que deve ser.
Primeiro, muda-se por dentro: mudam os pensamentos (menos pessimistas, menos catastróficos), mudam as emoções (as mais dolorosas dão lugar a outras mais adaptativas), são feitas descobertas (aceitamo-nos melhor a nós e aos outros tal como são e não como gostaríamos que fossem). Depois, só depois se muda por fora: nota-se outra serenidade, uma certa capacidade de tomar decisões e de viver com as consequências dessas escolhas, um posicionamento mais adaptado face aos outros, uma certa noção de limites, enfim uma transformação significativa no bem estar!
Vou. Não vou. Preciso. Não Preciso. Vou!
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